Alimentação
Beber até 3 xícaras de café por dia pode ajudar o coração
Estudo descobre que pessoas que ingerem moderadamente café apresentam menos risco de doenças cardiovasculares, incluindo derrame
Você gosta de beber café? Segundo estudo divulgado na conferência da Sociedade Europeia de Cardiologia (está sendo realizada de 27 a 30 de agosto), a ingestão de até três xícaras de café por dia pode ajudar a reduzir em 21% o risco de derrame.
A pesquisa foi realizada pela Universidade Semmelweis, em Budapeste, na Hungria, e avaliou quase 500.000 voluntários que participam do banco de dados Biobank, do Reino Unido.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, o estudo descobriu que as pessoas que bebiam uma quantidade moderada de café – definida como de meia xícara a três xícaras por dia – tinham 21% menos probabilidade de sofrer um derrame do que os voluntários que não ingeriam a bebida.
Pessoas que bebiam apenas uma xícara diariamente conseguiram reduzir em 12% a chance de morrer por qualquer causa e tiveram 17% menos probabilidade de padecer devido a doenças cardiovasculares, revela o jornal.
Os cientistas levaram em conta variáveis como idade, sexo, condições de saúde preexistentes, peso e dieta para garantir que o consumo de café fosse o único fator medido.
“Nossos resultados sugerem que o consumo regular de café é seguro, pois mesmo a ingestão diária elevada não foi associada a resultados cardiovasculares adversos e mortalidade por todas as causas após um acompanhamento de 10 a 15 anos”, afirma a pesquisadora Judit Simon, uma das autoras do estudo, citada pelo The Guardian.
Ainda conforme a cientista, de 0,5 a três xícaras de café por dia ajudam a evitar acidente vascular cerebral (AVC), morte por doença cardiovascular e morte por qualquer causa.
Como mostra o jornal britânico, a pesquisa analisou exames de ressonância magnética para ver o se havia alguma ligação entre o café e a melhora da saúde a longo prazo.
“A análise de imagem indicou que, em comparação com participantes que não bebiam café regularmente, os consumidores diários tinham corações de tamanho mais saudável e com melhor funcionamento”, comenta Judit Simon, citada pelo The Guardian.
A cientista lembra que mais estudos são necessários para explicar os mecanismos subjacentes, apesar de os benefícios observados na pesquisa atual serem parcialmente explicados por alterações na estrutura e função do coração.